BRASÍLIA – O Centro de Bionegócios da Amazônia (CBA) ganhou autonomia e deixou de ser vinculado à Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa). Prestigiada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a solenidade de assinatura do decreto que instituiu personalidade jurídica própria ao órgão aconteceu em Brasília, nesta quarta-feira (3). O vice-governador do Amazonas, Tadeu de Souza, representou o governador Wilson Lima, que está em missão na Áustria.
Com o novo decreto, o CBA deixa de ser chamado de Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA). O documento foi assinado pelo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva e atende uma demanda histórica, de 20 anos, de impulso ao funcionamento da estrutura e desenvolvimento de ações macro de bioeconomia no estado.
O CBA será gerido pela Fundação Universitas de Estudos Amazônicos (FUEA). Com isso, passa a contar com um CNPJ e, assim, estará apto a captar recursos públicos e privados. No ecossistema regional amazonense, os recursos serão investimentos importantes na ciência, tecnologia e inovação.
“Há anos o CBA opera com 10% do seu potencial e já faz trabalhos maravilhosos. O decreto potencializa ainda mais a vocação da biodiversidade da região e soluciona um problema que o CBA tinha há cerca de 20 anos, de personalidade jurídica. Agora, passa a ser gerido pela Fuea, que venceu o chamamento público, e contará com apoio da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e do Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo (IPT-SP)”, destacou o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin.
Os investimentos previstos para os próximos quatro anos são de R$ 47,6 milhões e, com isso, a expectativa para o CBA, que está instalado em uma área de 12 mil m², no Distrito Industrial de Manaus, é que seja um ambiente tanto de pesquisa, como de negócios para a região.
Na cerimônia de assinatura, o vice-governador do Amazonas, Tadeu de Souza, enfatizou a importância dos atores locais, da Suframa e das universidades na mudança que garantirá mais desenvolvimento ao estado.
“A nova identidade jurídica do CBA permitirá resolver uma disfunção na Amazônia. É assinado, na verdade, uma nova certidão de nascimento do Centro, integrando os trabalhadores das comunidades locais à capacidade industrial já instalada na região, aliada à proteção da diversidade e ao patrimônio ambiental. A partir de agora, o Amazonas terá um centro de atração de investimentos, isso é fundamental à geração de empregos”, explicou.
No evento, também estiveram presentes a ministra do Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, o novo superintendente da Suframa, Bosco Saraiva, e o líder da bancada do Amazonas, senador Omar Aziz (PSD-AM).
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