Lideranças do PL criticam decisão do STF e afirmam que prisão preventiva do ex-presidente foi desproporcional
Manaus (AM) – A prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro, decretada no sábado (22) pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), provocou reação imediata entre lideranças do PL no Amazonas. Políticos da sigla classificaram a medida como injusta, desproporcional e motivada por perseguição política, reforçando apoio ao ex-presidente e pedindo revisão judicial da decisão.
Prisão ocorreu após a Polícia Federal apontar violação da tornozeleira eletrônica usada por Bolsonaro em regime domiciliar e risco de tentativa de fuga.
Alfredo Nascimento pede revisão urgente
O presidente do PL no Amazonas, Alfredo Nascimento, afirmou que a detenção agrava o clima político do país e disse que o partido defenderá Bolsonaro judicialmente.
“Essa prisão é injusta e aprofunda o momento difícil que o país atravessa. Estamos ao lado do presidente Bolsonaro na defesa da justiça e da verdade.”
Nascimento cobrou revisão urgente da ordem e citou estabilidade institucional como prioridade.
Maria do Carmo fala em “sadismo” e perseguição
Pré-candidata ao governo do Amazonas, Maria do Carmo, classificou a prisão como ato político e sugeriu motivação estratégica na data escolhida.
“O que estão fazendo com o presidente Jair Bolsonaro não é justiça. É sadismo, crueldade. Ordenar a prisão no dia 22 não é coincidência, é conveniência.”
Ela afirmou que a direita deve se manter unida após o episódio.
Alberto Neto critica condução e pede tratamento digno
O deputado federal Alberto Neto defendeu respeito institucional ao ex-presidente e criticou o processo judicial.
“Presidente Bolsonaro merece respeito, devido processo legal e tratamento digno como qualquer cidadão.”
Segundo ele, o caso revela “desproporção” e perseguição.
Vídeo atribui fala sobre tornozeleira ter rompido “naturalmente”
Uma publicação nas redes sociais divulgou vídeo no qual o deputado Alberto Neto afirma que o dano à tornozeleira teria ocorrido “naturalmente”, sem tentativa de rompimento.
A fala contrasta com um vídeo oficial anexado ao processo, em que Bolsonaro admite ter usado um ferro de solda no dispositivo. O parlamentar não se manifestou sobre a divergência até a última atualização.
Disputa narrativa no Amazonas
As reações mostram tentativa de reorganização política da direita no estado, usando a prisão como elemento de mobilização e reforço identitário entre apoiadores do ex-presidente. A sigla articula discurso unificado em defesa de Bolsonaro e busca capitalizar o episódio no cenário pré-eleitoral.
Como foi a prisão
Bolsonaro foi preso preventivamente em Brasília após a equipe de monitoramento registrar dano na tornozeleira eletrônica. Em vídeo gravado por agentes do governo, o ex-presidente admite ter queimado o equipamento com ferro de solda, mas nega intenção de rompimento.
Moraes apontou risco de fuga, citando mobilização de apoiadores na porta do condomínio e tentativas passadas de buscar abrigo diplomático. Após a troca do equipamento e perícia, o STF determinou a prisão, cumprida pela Polícia Federal.
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