O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, Mauro Cid, liberado da prisão após acordo de delação premiada em 9 de setembro, prestou depoimentos à Polícia Federal, revelando informações sobre sua participação em dois casos investigados pelo Supremo Tribunal Federal (STF), relacionados a fatos do governo do ex-presidente, como o caso da venda de joias nos Estados Unidos e mensagens de teor golpista. As informações são da revista Veja que teve acesso aos depoimentos.
Venda de Joias a Bolsonaro
No que diz respeito à venda de joias, segundo a revista, o coronel Cid admitiu sua participação na venda de dois relógios de luxo recebidos pelo ex-presidente e confirmou ter entregado pessoalmente o dinheiro resultante do negócio a Bolsonaro.
Segundo Cid, o presidente estava preocupado com sua situação financeira, embora tenha reconhecido que a venda pode ter sido moralmente questionável, não sabia que seria ilegal.
Falsificação de Cartões de Vacinação
Em relação aos cartões de vacinação, Cid assumiu a responsabilidade por tentar falsificar os registros do Ministério da Saúde, emitindo documentos que afirmavam que ele, sua esposa e suas filhas haviam recebido as vacinas contra a Covid-19. O objetivo era obter uma espécie de “salvo-conduto” caso sua família fosse alvo de perseguições após o término do governo.
Roteiro Golpista e Mensagens Recebidas
Cid também teve que explicar a presença de um roteiro com teor golpista encontrado em seu celular, que mencionava a anulação das eleições do ano passado, uma intervenção no Supremo Tribunal Federal (STF) e a convocação de uma nova eleição. Ele alegou que, devido às funções que exercia, seu telefone recebia inúmeras mensagens sobre diversos assuntos, incluindo planos mirabolantes de terceiros. Ele afirmou que não repassou essas mensagens para o presidente e questionou o valor desse texto encontrado em seu celular.
Condições Pós-Delação
Após sua delação, Mauro Cid está sujeito a várias condições, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica, permanecer em casa durante a noite e nos fins de semana, e comparecer semanalmente à Justiça de Brasília.
A Polícia Federal não comenta investigações em andamento.
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