Brasília (DF) – A CPI da Pandemia do Senado se prepara para reunião com o recém-empossado Procurador-Geral da União, Paulo Gonet, marcada para esta terça-feira (19).
O objetivo é discutir a possibilidade de reabertura do inquérito conduzido pela comissão. O relatório elaborado pela CPI busca responsabilizar o ex-presidente Jair Bolsonaro e diversos membros da cúpula do Governo Federal na época por uma série de crimes, incluindo charlatanismo e sua atuação durante a crise sanitária da Covid-19.
Denúncias paradas
As denúncias contra Bolsonaro estagnaram sob a gestão do ex-procurador Augusto Aras, que não avançou com as investigações.
A expectativa é que, com a chegada de Gonet, a CPI encontre um novo fôlego para dar continuidade às apurações e, eventualmente, promover medidas legais contra o ex-presidente e membros das Forças Armadas responsáveis por suas ações durante a Pandemia.
Com um Procurador-Geral da União disposto a cooperar, a CPI vislumbra a possibilidade de avançar com mais celeridade e rigor nas investigações relacionadas à conduta do ex-presidente durante a pandemia, segundo o presidente da comissão, o senador Omar Aziz (PSD-AM).
“Essas pessoas têm que ser investigadas. Tanto o (ex) ministro Queiroga e o Pazuello estão metidos até o pescoço em relação ao negacionismo. Até o presidente do Conselho Federal de Medicina está indiciado no relatório e nada foi feito. São muitas coisas neste relatório que não deu se deu segmento para tipificar os crimes cometidos”, disse Aziz.
O senador Omar reforçou que a expectativa é que a convergência de esforços entre os membros da CPI e a Procuradoria-Geral da União resulte em avanços concretos nas apurações, trazendo à tona possíveis responsabilidades legais de Jair Bolsonaro em relação à condução das ações durante a crise sanitária provocada pela Covid-19.
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