Manaus (AM) – Pelo menos 10 estados brasileiros demonstraram a intenção de manter as escolas cívico-militares. Na região Norte destaque para Amazonas, Roraima e Rondônia.
Os governadores utilizaram as redes sociais para transmitir tranquilidade aos pais, alunos e professores que fazem parte desse modelo de unidade de ensino, após anúncio de que o governo federal não mais manterá esse padrão.
Além do Amazonas e Roraima e Rondônia, os estados da Bahia, Goiás, Distrito Federal, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Santa Catarina também anunciaram que pretendem prosseguir com as escolas cívico-militares.
Essa resposta por parte de pelo menos 10 governadores ocorre após o Ministério da Educação (MEC) enviar um ofício aos estados informando que o governo Lula pretende extinguir o Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares (Pecim) em todo o país, afetando aproximadamente 200 escolas que seguem esse modelo.
Amazonas
No Amazonas, o governador Wilson Lima se manifestou sobre o assunto em suas redes sociais, garantindo tranquilidade aos pais, alunos e professores. Ele afirmou que, independentemente da decisão do Governo Federal, o modelo de escolas cívico-militares será mantido no estado. Atualmente, o Amazonas conta com sete unidades de ensino nesse formato, incluindo escolas estaduais e municipais localizadas em diferentes bairros do estado.
Roraima
Em Roraima, o governador Antonio Denarium também utilizou as redes sociais para tranquilizar alunos e professores das escolas cívico-militares. Ele destacou que Roraima possui uma lei específica sobre o tema e não será afetado pela decisão do Governo Federal. Além disso, mencionou a possibilidade de ampliar o número de escolas cívico-militares, desde que haja recursos disponíveis.
São Paulo
Em São Paulo, o governador Tarcísio de Freitas anunciou que pretende editar um decreto para implementar um programa próprio de escolas cívico-militares. Seu objetivo é expandir esse modelo para todas as unidades da rede pública no estado.
Paraná
No Paraná, a Secretaria da Educação informou que 12 escolas cívico-militares vinculadas ao programa federal irão continuar nesse formato, porém migrarão para a rede de ensino estadual. O Paraná já possui 194 colégios que adotam esse modelo de gestão e recursos próprios.
A decisão dos governadores de manter as escolas cívico-militares evidencia alinhamento desses estados com antiga posição sobre o assunto, no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, que defendia esse modelo de educação.
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