A Polícia Federal (PF) concluiu que o ex-presidente Jair Bolsonaro compartilhou mais de 300 vídeos no WhatsApp, mesmo após estar proibido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) de usar redes sociais próprias ou de terceiros.
O relatório, que resultou no indiciamento de Bolsonaro e de seu filho, deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), aponta que o ex-presidente usou o aplicativo para divulgar manifestações realizadas em 3 de agosto de 2025 e conteúdos relacionados à Lei Magnitsky contra o ministro Alexandre de Moraes.
Segundo a PF, o envio das mensagens se assemelha à atuação de “milícias digitais”, já que o celular de Bolsonaro foi usado para retransmitir arquivos de maneira massiva, em ao menos 363 compartilhamentos no mesmo dia. Para os investigadores, o objetivo foi burlar as determinações judiciais impostas por Moraes.
Diante da violação das medidas cautelares, Bolsonaro cumpre prisão domiciliar desde 4 de agosto, com uso de tornozeleira eletrônica e restrição ao uso de redes sociais.
A defesa afirmou que foi surpreendida pelo indiciamento e informou que prestará os esclarecimentos ao STF.
*Agência Brasil
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