São Paulo (SP) – A Polícia Federal desmentiu as alegações feitas por Sérgio Tavares, um criador de conteúdos português, de que teria sido barrado no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, ao chegar para participar de uma manifestação de apoio a Jair Bolsonaro na Avenida Paulista.
Segundo a Polícia Federal, Tavares não foi impedido de entrar no Brasil, mas passou pelo processo regular de imigração obrigatório nos aeroportos.
Ele foi questionado sobre o motivo de sua viagem e sobre seus comentários em redes sociais a respeito da democracia no Brasil, nos quais teria feito afirmações controversas.
A Polícia Federal negou a informação de que o youtuber tinha sido impedido de entrar no Brasil.
A polícia informou que apenas foi verificado se o português entrou no país a turismo ou em trabalho. “Tal indivíduo teria publicado nas redes sociais que viria ao país para fazer a cobertura fotográfica de um evento. Todavia, para isso, é necessário um visto de trabalho, o que ele não apresentou”, explica o comunicado.
Cidadão não é jornalista profissional
Tavares, que é conhecido por seu apoio à extrema-direita e por comentários negacionistas, afirmou ter vindo ao Brasil para cobrir o evento de Bolsonaro, mas não apresentou visto de trabalho, o que seria necessário para essa atividade.
Ele foi liberado horas depois e pôde participar da manifestação de Bolsonaro na Avenida Paulista.
O português, que não é jornalista, uma vez que não possui título profissional em seu nome, refere-se ao seu canal como um “projeto de jornalismo cidadão, sem apoios institucionais nem publicidade, que vive apenas do apoio dos seus espectadores”.
Vale ressaltar que o processo de verificação de documentos e motivos de viagem é padrão para qualquer cidadão estrangeiro que entra no Brasil, assim como ocorre para brasileiros que viajam para outros países, como Portugal.
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