Relatório da Polícia Federal (PF) revela que o deputado federal Eduardo Pazuello (PL-RJ), ex-ministro da Saúde, foi um dos aliados de Jair Bolsonaro (PL) envolvidos na defesa da subversão do Estado Democrático de Direito. Documento obtido pelo jornal O Globo aponta que Pazuello propôs ao ex-presidente uma “ruptura constitucional”.
A PF baseia-se em conversas interceptadas e registros de entrada no Palácio da Alvorada para relatar a participação de Pazuello no esquema golpista.
Mauro Cid
Em áudio gravado em 8 de novembro de 2022, o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, menciona que o presidente estava recebendo visitas para propor uma “ruptura institucional” e pressioná-lo a tomar medidas para reverter o resultado das eleições. O áudio teria sido endereçado ao então comandante do Exército, general Freire Gomes.
“O cenário apresentado por Mauro Cid ao general Freire Gomes, na data de 08 de novembro de 2022, já demonstra uma atuação do atual deputado federal, o general Eduardo Pazuello, no sentido de propor uma ruptura constitucional, com fundamento em uma interpretação anômala do art. 142 da Constituição Federal”, afirma a PF. Pazuello diz que não vai se manifestar sobre o caso.
A PF afirma que o relato de Mauro Cid ao general Freire Gomes indica a atuação de Pazuello na proposta de uma ruptura constitucional com base em uma interpretação anômala do artigo 142 da Constituição Federal. Pazuello optou por não comentar o caso.
De acordo com dados do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Pazuello esteve no Palácio da Alvorada em 7 de novembro de 2022, permanecendo quase 11 horas no local, das 7h30 às 18h20. O tenente-coronel Mauro Cid também estava presente, conforme relato do O Globo.
A investigação da PF também destaca que militares das Forças Armadas se tornaram alvos em operações contra Bolsonaro, em especial na apuração da atuação de uma organização criminosa envolvida em tentativas de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito.
Militares já investigados por outros crimes durante o governo Bolsonaro e novos nomes da caserna estão implicados no caso.
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