Processo Administrativo apura denúncia grave de conduta incompatível em cela da delegacia de Santa Isabel do Rio Negro, no Amazonas
Manaus (AM) – A Corregedoria da Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) instaurou um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) para apurar denúncia contra um investigador lotado no município de Santa Isabel do Rio Negro, localizado a 846 quilômetros de Manaus, por via fluvial.
O servidor, suspeito de ter mantido conduta sexual exposta com cinco presos dentro de uma cela da 76ª Delegacia Interativa de Polícia (DIP), aponta para um caso de natureza violenta e incompatível com a função policial, além de acender alerta sobre a fiscalização nas unidades de custódia do Amazonas.
Embriaguez e coação
De acordo com a apuração preliminar, o policial teria chegado à delegacia embriagado, após participar de uma festa, e coagido os presos a manter relações sexuais. Durante a confusão, os detentos chegaram a tomar a arma do servidor.
O caso só acabou revelado no dia seguinte, quando os próprios presos relataram o episódio e entregaram a arma ao delegado da cidade. A partir daí, a chefia da unidade acionou a Corregedoria, que imediatamente instaurou um processo disciplinar para investigar a denúncia.
Conduta incompatível
A Polícia Civil confirmou a abertura do procedimento, que corre sob sigilo. Por ora, a instituição mantém em reserva tanto a identidade do servidor quanto os detalhes do episódio, a fim de preservar a integridade dos envolvidos e garantir o avanço das apurações.
O caso expõe as fragilidades do sistema policial no interior do Amazonas, marcado pela falta de estrutura e pela escassez de efetivo que tornam o cotidiano das delegacias ainda mais difícil. O episódio em Santa Isabel do Rio Negro não é um fato isolado: integra um quadro de precariedade já descrito em relatórios recentes do Ministério Público do Amazonas (MPAM), que apontam superlotação e condições degradantes nas celas do interior do Estado.
A combinação de instalações precárias e ausência de supervisão constante cria um terreno fértil para abusos e violações de direitos humanos, especialmente contra detentos que estão sob custódia direta do Estado.
Apuração do caso
O caso seguirá acompanhado de perto por órgãos de controle interno e externo, das forças de segurança, garantindo que o processo avance com rigor.
O Ministério Público do Amazonas (MPAM), que acompanha o caso, afirmou que todas as medidas legais serão adotadas caso as denúncias sejam confirmadas, reforçando seu papel de fiscalização do processo.
A apuração corre sob sigilo, mas novas informações deverão ser divulgadas à medida que a investigação avançar.
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