Manaus (AM) – O prefeito de Manaus, David Almeida, apresentou nesta sexta-feira (17) as obras do primeiro aterro sanitário do Amazonas, localizado no km 19 da rodovia AM-010. A estrutura é considerada moderna, sustentável e está totalmente adequada às normas ambientais em vigor no país.
Acompanhado de autoridades municipais, do Judiciário e do Ministério Público, o prefeito destacou que o projeto representa um marco na política ambiental da capital, integrando o Plano Municipal de Resíduos Sólidos.
“Quando assumimos a prefeitura, encontramos o aterro controlado de Manaus à beira do colapso. Hoje, estamos entregando uma nova realidade: o primeiro aterro sanitário do Amazonas, construído dentro de todas as normas ambientais e com as técnicas mais modernas do país”, afirmou Almeida.
Estrutura moderna e sustentável
O aterro ocupa 67 hectares, divididos em quatro células operacionais. O investimento estimado é de R$ 20 a R$ 25 milhões por célula. O projeto inclui sistema de impermeabilização do solo com quatro camadas de proteção, lagoa de chorume com tratamento avançado e reaproveitamento de efluentes.
A previsão é que o empreendimento entre em operação em fevereiro de 2026, com vida útil estimada em 20 anos.
Energia limpa e inovação
O aterro terá capacidade para gerar biometano, combustível renovável que poderá abastecer até 80 veículos por dia, incluindo caminhões coletores e ônibus. A prefeitura também projeta instalar painéis solares no antigo aterro controlado, com potencial de gerar energia suficiente para 10 mil residências.
Essas medidas fazem parte do plano de descarbonização da capital, que já garantiu R$ 500 milhões em créditos de carbono, certificados pela B3.
Referência nacional
O novo aterro é considerado um dos mais modernos do Brasil e já atrai pesquisadores e especialistas interessados no modelo sustentável implantado em Manaus.
De acordo com o juiz Moacir Pereira Batista, da Vara Especializada do Meio Ambiente (Vema), todo o processo foi avaliado tecnicamente e cumpre a legislação ambiental.
O secretário de Limpeza Urbana, Sabá Reis, classificou a obra como “um legado histórico”, e o vice-prefeito Renato Junior destacou que a cidade está se preparando para “as próximas décadas, com inovação e responsabilidade ambiental”.
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