Manaus (AM) – O Amazonas registrou redução nos casos e óbitos por vírus respiratórios em 2025, conforme o novo relatório da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), vinculado à Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM). O documento, atualizado nesta segunda-feira (09/06), está disponível no site www.fvs.am.gov.br.
Casos e óbitos em queda
Entre 1º de janeiro e 7 de junho de 2025, o estado notificou 1.996 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), sendo 604 associados a vírus respiratórios. Isso representa uma redução de 28,4% em relação ao mesmo período de 2024, que teve 844 casos.
No mesmo período, os óbitos por vírus respiratórios caíram 14,6%, passando de 41 para 35. Entre os registros de 2025, 20 foram por Covid-19, 12 por influenza A, 2 por influenza B e 1 por parainfluenza.
Faixa etária mais atingida
Nas últimas três semanas (19/05 a 07/06), as crianças menores de 1 ano concentraram 30% dos casos. Em seguida, aparecem crianças de 1 a 4 anos (28%), idosos com 60 anos ou mais (22%), adolescentes de 10 a 19 anos (8%), crianças de 5 a 9 anos (5%), adultos de 40 a 59 anos (5%) e jovens de 20 a 39 anos (2%).
Vírus mais detectados
Entre os vírus respiratórios identificados nas amostras encaminhadas ao Laboratório Central de Saúde Pública do Amazonas (Lacen-AM), os mais frequentes foram:
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Rinovírus (50,8%)
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Influenza A (36%)
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Vírus Sincicial Respiratório (8,9%)
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Influenza B (6,4%)
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Adenovírus (5,9%)
Ações e rede de assistência
A secretária estadual de Saúde, Nayara Maksoud, destaca que o controle dos casos está ligado à integração entre vigilância e assistência. O Amazonas conta com 17 unidades de referência equipadas para atender casos de SRAG com triagem, testagem rápida, exames laboratoriais e tratamento adequado.
Uma das ações em destaque é o programa Alta Oportuna, implantado em prontos-socorros infantis. Ele entrega medicamentos e orientações aos pais para o tratamento domiciliar, ajudando a evitar reinternações e a aliviar a rede de urgência.
A SES-AM reforça que os casos leves de síndrome gripal devem ser tratados nas Unidades Básicas de Saúde. Em casos graves, o paciente deve procurar atendimento hospitalar.
Medidas de prevenção
A diretora-presidente da FVS-RCP, Tatyana Amorim, reforça a importância de medidas preventivas simples:
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Higienizar frequentemente as mãos
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Cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar
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Evitar aglomerações
O uso de máscaras é recomendado para pessoas sintomáticas, profissionais de saúde e grupos de risco, como idosos, imunossuprimidos e pessoas com comorbidades. Crianças menores de 6 meses devem ser protegidas da exposição a ambientes de risco.
A vacinação contra Covid-19 e Influenza segue disponível e é fundamental para evitar complicações graves.
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