Manaus (AM) – O futuro presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT), governadores que irão assumir os estados que fazem parte da Amazônia Legal, além do Congresso Nacional, terão sérios desafios com o meio ambiente e com a questões da Amazônia, região que ocupa mais da metade do Brasil e que tem sido relegada a segundo plano nos últimos anos.
Para propor um novo olhar para a região, o documento “100 primeiros dias de governo: propostas para uma agenda integrada das Amazônias”, lançado no fim de outubro, por mais de 500 organizações nacionais, parceiras da iniciativa “Uma Concertação pela Amazônia” traz abordagens diversas para desenvolvimento da região e dos povos que a habitam.
Tendo como pilares proteção ambiental, inclusão social e desenvolvimento econômico, o documento sugere ações concretas que podem ser adotadas no início dos mandatos políticos em todas as esferas da organização política brasileira.
De acordo com a assessoria, para chegar ao resultado final, a iniciativa fez reuniões semanais com uma consultoria jurídica para mapear normas e projetos de lei de interesse e definir quais propostas precisavam ser instrumentalizadas e aprofundadas.
O texto propõe também diretrizes para médio e longo prazos.
“Em função da sua importância para a estabilidade climática global e conservação da biodiversidade, a Amazônia é um convite para o Brasil fundar um novo modelo de desenvolvimento para o Brasil, baseado no capital natural e na justiça social”, diz Renata Piazzon, diretora do Instituto Arapyaú e secretária executiva da Concertação.
Para Mônica Sodré, diretora-executiva da Rede de Ação Política pela Sustentabilidade (Raps) ” o esforço é tratar a sustentabilidade para além de um viés apenas ambiental e mostrar que a Amazônia tem um papel central na equação climática global e na nova geopolítica ambiental.
O que é Uma concertação pela Amazônia?
Criada em 2020, a Uma Concertação pela Amazônia nasceu como um espaço democrático de debate para que diversas iniciativas que atuam em prol da região pudessem se encontrar, dialogar e ampliar o impacto de suas ações.
Apartidária e plural, a rede reúne mais de 500 lideranças dos setores público e privado, academia e sociedade civil que se juntaram para buscar propostas e projetos para a floresta e as pessoas que vivem na região.
Depois de levantar mais de 80 propostas, a rede priorizou 14 nas áreas de pautas como :
- Cidades,
- Economia,
- Educação,
- Segurança alimentar,
- Saúde,
- Infraestrutura,
- Mudanças climáticas
- Combate ao desmatamento,
- Ordenamento territorial e regularização fundiária,
- Mineração,
- Segurança Pública e Ciência,
- Tecnologia e Inovação.
Todas as 14 propostas estão disponíveis no documento, em fichas explicativas, com contexto e objetivos.
Acesse o documento completo: https://concertacao.com/100dias