O relatório final do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) revelou que as linhas de transmissão de energia elétrica da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) constam como a principal causa do acidente aéreo que resultou na morte da cantora Marília Mendonça e outras quatro pessoas, em novembro de 2021, no município de Caratinga (MG).
Segundo o laudo do acidente, não houve falha humana do piloto Geraldo Martins de Medeiros, nem problemas mecânicos ou operacionais na aeronave.
O relatório foi apresentado aos advogados e familiares das vítimas, com o objetivo de melhorar as medidas de segurança de voos e prevenir futuros acidentes.
O Cenipa esclareceu que a investigação não busca atribuir culpa ou responsabilidade, mas sim entender as circunstâncias do acidente para preservar vidas e aprimorar a segurança aérea.
O advogado Robson Cunha, representante das famílias das vítimas, destacou a necessidade de identificar se os cabos estavam em uma área adequada e afirmou que o assunto será tratado na esfera judicial. Ele também pediu agilidade na conclusão do inquérito da Polícia Civil de Minas Gerais.
ACIDENTE:
Uma triste tragédia abalou o mundo da música quando a cantora Marília Mendonça e mais quatro pessoas perderam a vida no acidente aéreo, em novembro de 2021. O avião, um modelo Beech Aircraft, prefixo PT-ONJ, caiu em uma cachoeira no distrito de Piedade de Caratinga, município de Caratinga, em Minas Gerais.
Marília Mendonça, conhecida pelos fãs como a Rainha da Sofrência, tinha apenas 26 anos e era uma das maiores estrelas do gênero sertanejo, com vários sucessos em sua carreira.
Além da cantora, estavam a bordo da aeronave o produtor Henrique Ribeiro, o tio e assessor da artista, Abicieli Silveira Dias Filho, o piloto Geraldo Martins de Medeiros e o copiloto Tarciso Pessoa Viana. Infelizmente, não houve sobreviventes.
O trágico acidente ocorreu momentos antes do pouso, quando o avião decolou do aeroporto de Santa Genoveva, em Goiânia, com destino a Caratinga, onde a cantora se apresentaria naquela mesma noite.
No dia do acidente, a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) confirmou que o bimotor atingiu um cabo de uma torre de distribuição de energia elétrica enquanto se aproximava do aeródromo de Ubaporanga.
O impacto causou a queda da aeronave na cachoeira, resultando na trágica perda de todas as pessoas a bordo.
A triste notícia abalou os fãs, amigos e toda a indústria da música, à época, deixando um vazio na cena sertaneja e no coração dos admiradores de Marília Mendonça, ainda hoje uma das cantoras mais tocadas nas rádios e plataformas de música.