Estreia nesta quinta-feira (28) o filme O Último Azul, dirigido pelo pernambucano Gabriel Mascaro, um dos expoentes da nova geração do cinema nacional. A obra foi premiada com o Urso de Prata no Festival de Berlim e agora chega às telonas do Brasil.
Enredo mistura distopia, desejo e transformação
A trama se passa na Amazônia e acompanha Tereza, uma idosa de 77 anos enviada para uma colônia habitacional destinada a idosos. Antes do exílio compulsório, ela embarca em uma jornada para realizar seu último desejo. No caminho, encontra um misterioso marinheiro, vivido por Rodrigo Santoro.
Para Mascaro, o objetivo foi retratar o corpo idoso feminino como potência de desejo e transformação.
“A gente geralmente associa transformação a jovens. Mas aqui falamos de uma idosa com toda energia e força para sonhar”, explica o diretor.
Denise Weinberg vive a protagonista
A atriz Denise Weinberg dá vida a Tereza e recebeu o prêmio de Melhor Atriz no Festival de Guadalajara, no México. Para ela, o longa oferece uma visão positiva sobre envelhecer:
“A velhice não é algo triste se você souber envelhecer. É sabedoria. E envelhecer fazendo o que gosta é maravilhoso”, afirma.
Amazônia como cenário de descoberta
Rodado na floresta amazônica, o filme mistura paisagens exuberantes e reflexões sobre envelhecimento. Denise destaca a experiência:
“Conheci uma Amazônia linda e alucinante. Um lugar de respiro na alma, mas também de concretude para enfrentar a maturidade.”
Crítica e impacto cultural
A professora e pesquisadora Ivana Bentes vê no longa um marco do novo cinema brasileiro:
“Gabriel Mascaro é a síntese do cinema nacional contemporâneo. Sua linguagem é sofisticada, socialmente relevante e mobilizadora.”
*Agência Brasil
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