A ex-bbb e cantora Juliette Freire, 35, usou as redes sociais para pedir justiça pela morte da amiga Clarissa Costa Gomes, enfermeira assassinada em julho deste ano em Fortaleza (CE). O principal suspeito é o ex-namorado da vítima, Matheus Anthony Lima, preso preventivamente desde o dia 9 de julho.
O Ministério Público do Ceará (MPCE) denunciou o acusado por feminicídio qualificado, pedindo júri popular.
A promotoria aponta motivo torpe, já que Matheus não teria aceitado o fim do relacionamento, além do uso de meio cruel e de recurso que dificultou a defesa da vítima.
Clarissa, de 31 anos, trabalhava como enfermeira no Hospital Geral de Fortaleza e no Hospital Dr. César Cals, dois dos maiores da capital. Ela terminou morta com 34 facadas dentro da própria casa, onde vivia com a mãe.
Segundo a TV Verdes Mares, poucas horas antes do crime, Clarissa enviou uma mensagem pedindo ajuda a uma amiga.
“O luto agora é luta”, diz Juliette
Em publicação com tom de desabafo, Juliette afirmou que sente culpa por não ter percebido os sinais de violência e destacou a urgência de romper o silêncio em situações de abuso.
“Sei que nada trará minha amiga de volta, mas quero que ela saiba que nunca esteve sozinha. O luto agora é luta”, escreveu.
A cantora também citou casos recentes de violência doméstica e feminicídio no Brasil, como o de uma mulher agredida com sessenta socos dentro de um elevador e o de uma menina de 11 anos morta em escola pública.
“Não pára. A cada seis horas uma mulher é vítima de feminicídio no Brasil”, afirmou Juliette.
Determinada a transformar a dor em conscientização, ela disse ter começado a estudar o tema para entender as raízes da violência de gênero.
“Não deu tempo para a Clarissa, mas ainda há tempo para você. Ligue 180. Denuncie”, concluiu.
Um problema estrutural e silencioso
O avanço da violência contra mulheres no país segue em ritmo alarmante. De acordo com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o Brasil registrou mais de 1.700 feminicídios em 2024, o que equivale a uma mulher morta a cada seis horas — a maioria assassinada por parceiros ou ex-companheiros.
Em meio a números brutais, o apelo de Juliette acende a voz coletiva. Sua fala une indignação e esperança, lembrando que o amor não mata, mas o silêncio sim.
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