Suspeito de hostilizar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, no Aeroporto de Roma no último sábado (15), o empresário Alex Zanatta compareceu à Polícia Federal neste domingo e negou as acusações de proferir ofensas ao magistrado.
Durante seu depoimento, que durou duas horas, Zanatta afirmou não ter tido “qualquer participação” no incidente envolvendo a agressão ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e sua família.
Representação de Moraes à PF
Na representação de Moraes à PF, o ministro descreve três membros de uma mesma família como os agressores.
Moraes relata que estava na área de embarque do aeroporto de Roma quando Andréia Munarão, esposa de Roberto Mantovani Filho, se aproximou dele, chamando-o de “bandido, comunista e comprado”.
Em seguida, Mantovani Filho teria se aproximado do filho de Moraes, Alexandre Barci de Moraes, e o empurrou, além de dar um tapa em seus óculos.
A confusão acabou interrompida pela intervenção das pessoas presente, mas momentos depois, a esposa Andréia e Zanatta retornaram à entrada da sala VIP onde Moraes e sua família estavam e voltaram a proferir ofensas.
Zanatta, primeiro suspeito interrogado pela Polícia Federal, afirmou que não presenciou o início da confusão e acredita que seus familiares estavam envolvidos de forma equivocada no episódio.
Os outros suspeitos prestarão depoimento na próxima terça-feira.
Ralph Tórtima Stettinger Filho, advogado de Zanatta e dos demais suspeitos, afirmou ao GLOBO que tudo pode ter sido resultado de um mal-entendido e negou que qualquer membro da família do cliente tenha proferido ofensas ao ministro Moraes.
O advogado explicou que a confusão teria começado entre Andréia e uma mulher que acompanhava Moraes.
Segundo a defesa, Andréia e seu marido estavam em busca de uma sala VIP no aeroporto de Roma. Nisso, se depararam com o ministro e um grupo de pessoas que estavam o ofendendo, mas segundo ele, nada tinha a ver com a família.
Roberto Mantovani Filho prestará depoimento na proxima terça-feira sobre agressão ao filho de Moraes.
A Polícia Federal deverá pedir registro das câmeras de segurança do Aeroporto de Roma para dar continuidade ao processo e elucidar os fatos.
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