Manaus (AM) – A ré Ruth Helena do Rosário Gomes foi condenada a 12 anos de prisão pelo Conselho de Sentença da 2ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Manaus. Ela é acusada de matar Mayara Rodrigues Dias em dezembro de 2014, na Zona Norte da Capital.
Durante o julgamento, Francisco Diego dos Santos Albuquerque foi absolvido e Eduardo Castilho Ferreira (conhecido como “Big Bull”) teve a punibilidade extinta devido à sua morte. Fábio Pontes Brasil (conhecido como “Cabeça”), que está foragido, teve o processo suspenso até ser localizado para ser levado a júri popular.
Sessão do júri
A sessão foi presidida pela juíza de direito Juline Rossendy Rosa Neres, com a representação do Ministério Público do Estado do Amazonas pelo promotor de justiça Rômulo de Souza Barbosa. Os advogados Eguinaldo Gonçalves de Moura, Victor Leyendecker de Paula e Marcos Pedro Rubio Nespolis atuaram nas defesas dos réus.
A acusação sustentou que Ruth Helena agiu com motivo torpe e com recurso que dificultou a defesa da vítima. A defesa alegou negativa de autoria e subsidiariamente a participação de menor importância.
Após a condenação, a pena de 12 anos de prisão em regime fechado foi aplicada à ré.
Ruth Helena permaneceu em liberdade durante o processo e tem o direito de recorrer da sentença.
Cúmplice de assassinato
O crime ocorreu quando Ruth Helena, Eduardo Ferreira (conhecido como “Big Bull”) e Fábio Brasil (conhecido como “Cabeça”) agrediram Mayara Rodrigues Dias até a morte por ela supostamente ter roubado uma arma. A denúncia do Ministério Público indicava que a arma pertencia a Francisco Diego, que foi absolvido no julgamento.
No dia do crime, Ruth atraiu Mayara para um campo de futebol, onde a vítima foi amarrada e agredida. Em seguida, levaram Mayara para as proximidades de um igarapé, onde foi morta e abandonada.
Cabe recurso contra a sentença.
Relembre o crime:
No dia 28 de janeiro de 2015, Ruth Helena do Rosário Gomes, de 28 anos à época e Eduardo Castilho Ferreira, de 21 anos, foram presos em Manaus como suspeitos de envolvimento no assassinato da estudante Mayara Rodrigues Dias. O corpo da vítima foi encontrado em estado avançado de decomposição próximo a um igarapé em 15 de janeiro do mesmo ano. Segundo a polícia, Mayara foi amarrada, torturada e esfaqueada.
Eduardo confessou sua participação no crime durante depoimento na delegacia, afirmando que a morte ocorreu em 4 de dezembro de 2014. Segundo a polícia, havia indícios de que Eduardo teria segurado Mayara enquanto Ruth e outro homem desferiram golpes de faca.
A investigação apontou que Mayara teria furtado um revólver, o que teria motivado o assassinato. Ruth Helena, que não possuía antecedentes criminais, e Eduardo, que tinha registros por pequenos delitos e denúncias de envolvimento com o tráfico de drogas, foram indiciados por homicídio qualificado por motivo torpe e ocultação de cadáver.
Com a condenação de Ruth Helena do Rosário Gomes a 12 anos de prisão, o crime volta a ser relembrado.
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