Ex-presidente afirma que usou ferro de solda para mexer no equipamento durante a madrugada; STF mantém prisão preventiva
STF mantém prisão após ex-presidente alegar “paranoia” causada por medicamentos
Brasília (DF) – Jair Bolsonaro afirmou, durante audiência de custódia realizada neste domingo (23) na Superintendência da Polícia Federal em Brasília, que tentou abrir a tornozeleira eletrônica por causa de uma “certa paranoia”. Segundo ele, a sensação teria sido provocada pela combinação de medicamentos que vinha tomando há poucos dias — Pregabalina e Sertralina.
A juíza auxiliar do Supremo Tribunal Federal manteve a prisão preventiva do ex-presidente após ouvir seu relato e analisar a ata da audiência.
Bolsonaro diz que agiu sozinho durante a madrugada
Na audiência, Bolsonaro declarou que usou um ferro de solda para mexer na tornozeleira porque possui “curso de operação desse tipo de equipamento”. Ele afirmou que iniciou a ação tarde da noite e parou por volta da meia-noite, quando “caiu na razão” e comunicou os agentes de custódia.
Segundo o documento, ele disse acreditar que havia uma escuta dentro da tornozeleira e tentou abrir a tampa para verificar.
A ata registra o trecho: “O depoente afirmou que estava com ‘alucinação’ de que tinha alguma escuta na tornozeleira, tentando então abrir a tampa. O depoente afirmou que não se lembra de surto dessa natureza em outra ocasião.”
Ninguém da casa teria percebido a tentativa de abrir o equipamento
Bolsonaro disse que estava acompanhado da filha, do irmão mais velho e de um assessor em casa, mas que nenhum deles percebeu a tentativa de manipular o equipamento.
De acordo com a ata:
“O depoente afirmou que as demais pessoas que estavam na casa dormiam e que ninguém percebeu qualquer movimentação.”
Ele também relatou que não dormia direito e estava com “sono picado”. Disse que começou a tomar um dos medicamentos cerca de quatro dias antes da prisão.
STF valida prisão preventiva
Após a audiência, a magistrada responsável homologou a prisão e manteve Bolsonaro detido na sede da Polícia Federal. A justificativa inclui risco de reiteração de condutas, quebra deliberada das condições impostas e tentativa de manipulação de equipamento de monitoramento.
A decisão reforça que Bolsonaro segue preso sob regime preventivo enquanto avança a investigação sobre a violação da tornozeleira.
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