Após ser condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a deputada federal Carla Zambelli foi presa nesta terça-feira (29) em Roma, na Itália. A informação foi confirmada por fontes da Polícia Federal (PF), que já iniciou os trâmites para o processo de extradição.
Zambelli estava foragida desde maio de 2025, quando foi condenada a 10 anos de prisão por invasão aos sistemas eletrônicos do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Desde então, seu nome constava na lista de procurados da Interpol.
Segundo a PF, a parlamentar será submetida ao processo de extradição conforme os acordos internacionais dos quais o Brasil é signatário. A operação que levou à prisão foi possível após o deputado italiano Angelo Bonelli denunciar o endereço em que Zambelli estava hospedada em Roma.
Defesa e extradição
Em vídeo publicado nas redes sociais, o advogado da parlamentar, Fabio Pagnozzi, afirmou que Zambelli decidiu se entregar espontaneamente às autoridades italianas. Ele declarou ainda que ela nunca foi considerada foragida no país europeu.
A própria parlamentar afirmou que não pretende retornar ao Brasil para cumprir a pena e declarou que, se necessário, cumprirá a sentença na Itália. “Se eu tiver que cumprir qualquer pena, vai ser aqui na Itália, que é um país justo e democrático”, declarou.
Outras acusações
Além da condenação por invasão ao CNJ — em ação que envolveu o hacker Walter Delgatti, que alegou ter atuado a mando de Zambelli — a deputada também responde a outro processo no STF por porte ilegal de arma de fogo. O caso envolve a perseguição armada ao jornalista Luan Araújo durante as eleições de 2022, em São Paulo.
O STF já formou maioria para condená-la a mais 5 anos e 3 meses de prisão em regime semiaberto por esse episódio, mas o julgamento foi suspenso após um pedido de vista do ministro Nunes Marques.
*Com informações da Agência Brasil
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