Parlamentar e secretário amazonenses rebatem artigo nacional que questiona a ZFM e defendem o modelo como estratégico para a economia e para a floresta
Reações a críticas nacionais
Manaus (AM) — Um artigo publicado no jornal Valor Econômico, intitulado “COP em Belém e bilhões para ar-condicionado em Manaus”, reacendeu o debate sobre o modelo da Zona Franca de Manaus (ZFM). Na manhã desta terça-feira (11/11), o deputado Adjuto Afonso (União Brasil) e a superintendência da ZFM, via Suframa, se posicionaram, rebatendo as críticas e defendendo o modelo como instrumento de desenvolvimento sustentável.
Diretrizes e foco no modelo da ZFM
Adjuto Afonso declarou que o artigo demonstra desconhecimento sobre o funcionamento da ZFM.
“Ele contesta de todas as formas o nosso modelo econômico, fala de renúncias fiscais, produção de ar-condicionado… essas pessoas não entendem que se renuncia aquilo que se produz. Ele não conhece a Zona Franca de Manaus, o nosso faturamento, que é importante para o estado e o país.”
Adjuto Afonso destacou ainda indicadores como: juros de R$ 32 bilhões em tributos devolvidos ao governo federal, mais de 500 mil empregos diretos e indiretos, R$ 2,7 bilhões em investimentos em P&D, R$ 1,2 bilhão em contrapartidas sociais e ambientais e torno de R$ 10 bilhões em movimentação logística. O deputado lembrou que a Zona Franca de Manaus é a segunda maior produtora mundial de ar-condicionadores, ficando atrás apenas da China.
Suframa rebate artigo nacional sobre a ZFM

A Suframa emitiu nota nesta segunda-feira (10/11) classificada como “veemente” contra o artigo do Valor Econômico. Segundo o documento:
- O texto “apresenta uma visão distorcida e unilateral sobre o papel da ZFM”.
- A nota afirma que o modelo ZFM “é um instrumento de desenvolvimento socioeconômico e sustentável para a região amazônica que … evita a interiorização do desmatamento e de atividades predatórias”.
- A Suframa ressaltou que o Amazonas devolve mais ao tesouro federal do que recebe, e citou estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) segundo o qual 62% da renúncia fiscal do país está direcionada ao Sudeste e Sul, e o Amazonas apresenta percentual de 1,74% de renúncia.
Contexto amazonense e ambiental
O debate ocorre às vésperas da COP30, que coloca a Amazônia sob os holofotes globais. Para defensores da ZFM, o modelo conjuga produção industrial de alta tecnologia e compromisso com a floresta em pé — aspecto fundamental para a agenda ESG internacional. Por outro lado, críticos afirmam que a produção em larga escala de bens como ar-condicionadores pode simbolizar contradição com metas climáticas.
Próximos passos
A Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) e a Suframa estudam emitir nota de repúdio e mobilizar debate técnico sobre renúncia fiscal, impactos ambientais e o papel da ZFM no futuro da economia amazônica. O PIM (Polo Industrial de Manaus) prepara também apresentação na zona azul da COP30 sobre iniciativas em bioeconomia, economia circular e inovação.
Veja a reação do secretário Serafim Corrêa nas redes sociais:
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