A Polícia Federal (PF) solicitou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorização para manter agentes dentro da casa do ex-presidente Jair Bolsonaro em regime de vigilância 24 horas. O pedido foi feito após alerta de risco de fuga, já que o sinal da tornozeleira eletrônica pode falhar.
No ofício encaminhado ao STF, o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, afirmou que a simples falha no monitoramento remoto poderia dar “tempo hábil para que o custodiado empreendesse uma fuga”.
Diante disso, a corporação defendeu a presença contínua de policiais no interior da residência de Bolsonaro.
“Havendo, em tese, intenção de fuga, necessário o acompanhamento in loco e em tempo integral das atividades do custodiado, do fluxo de veículos na residência e de vizinhos próximos, únicas medidas hábeis a minimizar, de forma razoavelmente satisfatória, tais riscos”, destacou a PF.
Moraes pede parecer da PGR
Nesta terça-feira (26), Moraes solicitou a manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre o pedido. O ex-presidente já está em prisão domiciliar, monitorado por tornozeleira eletrônica, após decisão anterior do ministro.
A medida ocorre às vésperas do julgamento de Bolsonaro no STF, marcado para começar em 2 de setembro, no processo em que responde por suposta participação em uma trama golpista.
Pedido inicial partiu de Lindbergh Farias
O pedido para intensificar a vigilância surgiu após ofício do deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ), que enviou solicitação ao diretor-geral da PF.
Segundo o parlamentar, o monitoramento reforçado seria essencial para garantir a aplicação da lei penal e reduzir riscos de uma possível fuga do ex-presidente.
*Agência Brasil
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