Vereador de Manaus afirma que a Refinaria de Manaus não refina petróleo desde que adquirida pela Rede Atem e classifica a operação como suspeita
Manaus (AM) – O vereador Rodrigo Guedes (PP) protocolou, nesta sexta-feira (18), no Rio de Janeiro, uma nova representação na Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) contra a Rede Atem, conglomerado que inclui a Distribuidora Atem, Postos Atem e a Refinaria de Manaus (REAM).
Segundo o parlamentar, a refinaria “não refina petróleo desde que foi adquirida pela Rede Atem”, o que ele classifica como “uma operação extremamente suspeita”.
Guedes participa na capital fluminense do Encontro Nacional do RenovaBR, evento que, segundo ele, não gerou qualquer custo ao erário.
Mais de 50 representações
O vereador lembrou que já apresentou mais de 50 representações em órgãos de controle ao longo dos últimos sete anos, todas relacionadas ao mercado de combustíveis e à suspeita de cartel em Manaus.
Durante a visita à ANP, Guedes afirmou ter se reunido com a chefe de gabinete da agência e que uma audiência com o diretor-geral está sendo articulada para detalhar os novos indícios reunidos.
“A população de Manaus convive há anos com a gasolina mais cara do Brasil. Essa realidade é fruto de práticas anticoncorrenciais que precisam ser enfrentadas com rigor”, afirmou o parlamentar.
Impacto direto ao consumidor
Para Guedes, o comportamento do setor atinge diretamente o bolso do cidadão manauara, que continua pagando valores acima da média nacional.
“Não dá para abandonar a população à própria sorte. Vamos até o fim para que a ANP e os órgãos de controle apontem responsabilidades e façam valer a lei”, reforçou.
Próximos passos
O vereador informou que retorna a Manaus neste domingo (20) e seguirá acompanhando a tramitação da denúncia junto à ANP e a outras instâncias de fiscalização.
Nota de contexto:
A Rede Atem assumiu o controle da Refinaria de Manaus (REAM) em 2022, após aquisição da unidade da Petrobras. Desde então, o processo de refino local de petróleo tem sido alvo de questionamentos sobre sua continuidade efetiva e o impacto na formação de preços dos combustíveis no Amazonas.
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