A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) teve a prisão preventiva decretada nesta quarta-feira (4) pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A decisão também determina que o nome da parlamentar seja incluído na difusão vermelha da Interpol, ferramenta usada para localizar e deter foragidos internacionais.
A medida foi tomada poucas horas depois de Zambelli deixar o Brasil, após ser condenada a 10 anos de prisão pelo STF. A parlamentar é acusada de comandar a invasão de sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em ação que contou com a participação do hacker Walter Delgatti Neto.
Apesar da condenação recente, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, esclareceu que o pedido não antecipa a execução da pena, mas busca garantir que a Justiça possa ser cumprida de forma eficaz. Segundo ele, a prisão cautelar visa impedir novas tentativas de fuga e assegurar o cumprimento da lei penal.
Além da ordem de prisão, Moraes determinou a suspensão do passaporte da parlamentar e a comunicação imediata com autoridades internacionais, alertando sobre a fuga.
Em maio, a Primeira Turma do STF condenou Zambelli por unanimidade pelos crimes de falsidade ideológica e invasão de sistema informatizado. De acordo com a acusação, Delgatti acessou ilegalmente os sistemas do CNJ sob orientação da deputada e chegou a incluir documentos falsos, como um mandado de prisão forjado contra o próprio ministro Moraes.
Ao justificar a prisão preventiva, o ministro classificou a conduta como “vil” e afirmou que Zambelli, ao usar o mandato para atentar contra o Estado de Direito, comprometeu a credibilidade das instituições democráticas.
*Com informações da Carta Capital
Leia mais:
Carla Zambelli deixa o Brasil e pedirá licença do cargo