MANAUS (AM) – O mês de março é dedicado à conscientização sobre os problemas de saúde feminina. A endometriose, que acomete cerca de 10% das mulheres brasileiras na idade reprodutiva, é um deles. Ainda que tenha uma alta prevalência, o diagnóstico costuma demorar para ser definido e iniciar uma orientação terapêutica. Em média, leva-se sete anos para descobrir a doença.
O distúrbio se caracteriza pela implantação do endométrio, tecido glandular que reveste a cavidade do útero, fora dele. Este tecido é mensalmente estimulado pelos hormônios e, quando não ocorre gravidez, ele descama em forma de menstruação. Estes implantes também sofrem estímulo hormonal durante o ciclo menstrual e acabam tendo discreto sangramento local, provocando reação inflamatória, causando o sintoma mais frequente da endometriose, a dor.
Além da cólica menstrual, outros sintomas também devem ser observados, como dores durante a relação sexual e, eventualmente, a apresentação de sintomas urinários ou intestinais durante a menstruação, que podem estar ligados à infertilidade. Geralmente, o distúrbio tem início na adolescência, mas por causa do diagnóstico tardio, a incidência maior é entre 25 e 35 anos.
É importante ressaltar ainda que os principais tratamentos têm como objetivo o alívio da dor, evitar as sequelas da doença, especialmente a infertilidade, e a prevenção da reincidência da doença após o tratamento.
Em casos de indicação cirúrgica, a orientação é realizar a videolaparoscopia ou cirurgia robótica, preservando útero e ovários, principalmente para as mulheres que ainda desejam engravidar. Essa opção remove todos os tecidos comprometidos pela doença e restabelece a anatomia e função dos órgãos pélvicos, garantindo maior qualidade de vida e preservando a fertilidade da mulher.
*Com informações da assessoria