Manacapuru (AM) – Faltando poucos dias para o início do 27º Festival de Cirandas de Manacapuru, a 68 km de Manaus, os trabalhos nos galpões das agremiações seguem intensos e em fase de acabamento. O evento acontecerá nos dias 29, 30 e 31 de agosto de 2025, no Parque do Ingá, com apoio do Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa.
Neste ano, o Festival recebeu um investimento recorde de R$ 3,6 milhões, sendo R$ 1,2 milhão para cada ciranda (Guerreiros Mura, Tradicional e Flor Matizada). O valor representa um aumento de R$ 200 mil em relação a 2024. Além disso, pela primeira vez, o Governo entregou equipamentos de proteção individual (EPI) para os artistas que trabalham na confecção das alegorias.
Ordem das apresentações
- Sexta-feira (29/08) – Guerreiros Mura
- Sábado (30/08) – Ciranda Tradicional
- Domingo (31/08) – Flor Matizada
Guerreiros Mura
A Guerreiros Mura abrirá o Festival com o tema “Estiagem e Alagação: O Segredo das Águas”. O projeto artístico conta com 14 módulos alegóricos, sendo 8 fixos e 6 móveis.
Segundo o diretor-geral Ludem Cley Monteiro, a proposta valoriza as tradições ribeirinhas e mantém a essência da “ciranda no chão”. O artista plástico Carlos Pizano destacou que o público será transportado para “debaixo das águas do Amazonas”, em uma experiência imersiva e inovadora.
Ciranda Tradicional
A Tradicional entra em cena no sábado com o tema “Sapucaîa’y – O Grito que Vem das Águas”, destacando preservação ambiental, lendas e religiosidade indígena.
O diretor artístico Thyago Cavalcante explicou que a proposta busca exaltar os rios amazônicos como fonte de vida e cultura. A agremiação apresentará 12 módulos alegóricos (seis fixos e seis móveis), com efeitos tecnológicos e cenografia assinada pelos artistas plásticos Geremias Pantoja e Algles Ferreira.
Flor Matizada
Encerrando o Festival, a Flor Matizada levará à arena o tema “Amazônia: Sonho e Luta Cirandeira”, inspirado no universo lúdico infantil.
Segundo o diretor artístico Roberto Reis, o espetáculo terá 16 módulos alegóricos que retratam a amazônia como um lugar de fantasia e resistência. A proposta é mostrar, a partir do sonho de duas crianças, a importância de proteger rios, fauna, flora e povos da região.
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