São Paulo, SP (UOL/FOLHAPRESS) – James Cameron, 69, renomado diretor de “Titanic” (1997), revelou que se ofereceu para ajudar nas investigações do desaparecimento do submersível Titan, ocorrido em junho de 2023. A embarcação da OceanGate Expeditions tinha como destino os destroços do Titanic, que afundou em 1912 após colidir com um iceberg. As informações são da Folha Press.
Cameron, que não apenas dirigiu o icônico filme sobre o Titanic, mas também se tornou especialista no assunto com 33 expedições ao local entre 1995 e 2005, criticou a condução das investigações pelas autoridades norte-americanas.
“Eu me voluntariei para o comitê de investigação da Guarda Costeira”, afirmou em entrevista ao programa “60 Minutes” da Austrália.
Críticas à Exclusão das Investigações
O diretor expressou frustração por não ser incluído nas investigações: “Eles deviam me convidar, mas não me chamaram. Para que ouvir um cientista? Acho que eles querem fazer as coisas do jeito deles. Estão envergonhados e não querem opiniões de fora. Essa é apenas a minha interpretação.”
Opinião Sobre o Acidente do Titan
James Cameron acredita que o acidente ocorreu por negligência:
“Esses caras quebraram as regras. Simples assim. Eles não deveriam ter recebido permissão legal para carregar passageiros.”
O submersível Titan tinha cinco tripulantes: os turistas Hamish Harding, 58, Shahzada Dawood, 48, e seu filho Sulaiman Dawood, 19; o comandante da Marinha francesa Paul-Henry Nargeolet, 77, e o presidente da OceanGate, Stockton Rush, 61.
Os destroços foram encontrados em 22 de junho, após dias de busca pela Guarda Costeira dos Estados Unidos.
Indignação e Acusações de Omissão
Cameron ficou indignado com a situação, criticando a falta de ação e transparência das autoridades:
“Meu queixo foi caindo cada vez mais conforme os dias foram passando e eles não alertaram a todos. Todo mundo correndo como se estivessem com o cabelo em chamas enquanto já sabíamos exatamente onde o submersível estava. Mas ninguém podia admitir que eles não tinham os meios para descer e conferir.”
O diretor também acusou a Guarda Costeira de omissão de informações:
“Eles passaram por toda a superfície falando sobre as 96 horas de oxigênio restantes. Todos sabíamos que eles estavam mortos. Não acho que tenham mentido, mas seguiram um procedimento torturante para as famílias das vítimas.”
A polêmica em torno do desaparecimento do Titan e a subsequente investigação continua a gerar debates.
Leia mais:
Tragédia do Submarino Titan: ‘todos morreram’, diz empresa OceanGate
Titanic, Olympic e Britannic: naufrágios marítimos e lições de segurança
Pai e filho teriam morrido no Titan ouvindo músicas favoritas, diz viúva
Supostos restos humanos encontrados nos destroços do submarino Titan serão analisados nos EUA