A Polícia Militar do Amazonas (PMAM), por meio do programa Ronda Maria da Penha (RMP), registrou um aumento de 50% nas fiscalizações de medidas protetivas entre janeiro e setembro deste ano, comparado ao mesmo período do ano passado. As fiscalizações passaram de 1.820 para 2.730, segundo dados do RMP.
Proteção efetiva às mulheres
A comandante do Ronda Maria da Penha, major PM Priscila Alencar, destacou que, nos 11 anos de existência do programa, nenhuma mulher acompanhada pelas equipes foi vítima de feminicídio.
“A equipe faz o primeiro contato com a vítima na Delegacia, em nossa sala de acolhimento, onde destinamos um policial militar preparado para atendimento especializado. Após a expedição das medidas protetivas pelo Judiciário, acompanhamos e fiscalizamos o cumprimento. Até hoje não tivemos nenhum caso de feminicídio entre nossas assistidas”, afirmou a comandante.
Atualmente, o programa atua na capital amazonense e nos municípios de Parintins, Manacapuru, Tabatinga, Careiro Castanho, Coari e Tefé.
Proteção e recomeço
A cantora Jhenifer Borher passou a ser acompanhada pelo RMP em maio de 2024, após denunciar o ex-companheiro por agressão e ameaça de morte. Ela relata como o programa ajudou em seu processo de reconstrução emocional e segurança.
“O Ronda Maria da Penha foi muito importante nesse recomeço. Recebia visitas semanais e depois quinzenais, sempre ligavam, fazendo acompanhamento. Naquele momento de vulnerabilidade, minha segurança voltou. Esse apoio foi essencial para eu poder tocar a minha vida e recomeçar”, disse a cantora.
Mais que acompanhamento: prevenção e educação
O sargento PM Freires, atuando há mais de seis anos no RMP, ressalta que a missão do programa vai além da proteção:
“Nosso trabalho é fiscalizar e proteger, mas também investir em prevenção. Realizamos palestras para conscientizar jovens, trabalhadores e famílias, porque só por meio da informação será possível reduzir casos de violência doméstica”, afirmou.
Efetivo capacitado e especializado
Antes de integrarem a unidade, os policiais participam de capacitação específica, que inclui:
- Legislação sobre violência doméstica;
- Comportamento e abordagem humanizada;
- Atendimento especializado às mulheres vítimas de violência.
Os policiais recebem orientação para visitas periódicas às vítimas. Apenas após a conclusão do curso são considerados aptos a integrar a equipe do Ronda Maria da Penha.
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