Segundo um relatório da Polícia Federal (PF), foi encontrado no telefone celular do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, um documento que descreve medidas a serem adotadas em uma tentativa de golpe. Segundo o documento, bastaria o ex-presidente dar a ordem para que as ações fossem iniciadas. As informações são da Revista Veja.
À medida que as investigações da Polícia Federal sobre os atos terroristas ocorridos em 8 de janeiro, quando vândalos destruíram as sedes dos Três Poderes em Brasília, avançam, mais detalhes sobre o esquema da tentativa de golpe vão sendo revelados.
Relatório que a revista teve acesso
A revista Veja teve acesso a um relatório de 66 páginas da PF, no qual consta um documento intitulado “Forças Armadas como poder moderador”, que apresenta um plano que sustenta a tese controversa de que os militares poderiam ser convocados para intervir em um conflito entre os Três Poderes.
O roteiro, com três páginas, estabelece que, caso haja deferimento, será iniciada uma série de medidas, começando pela nomeação de um interventor responsável por coordenar as ações para restabelecer a ordem constitucional. O documento também menciona a fixação de prazos para a intervenção e a determinação de uma nova data para a realização de eleições, por exemplo.
Segundo a revista, no celular de Mauro Cid também foi encontrado um segundo documento que cogitava a possibilidade de decretação do estado de sítio.
O relatório da PF inclui ainda conversas entre Cid e o coronel Jean Lawand Junior, subchefe do Estado-Maior do Exército e um dos principais apoiadores da tentativa de golpe, cogitada para ocorrer até dezembro de 2022, pouco antes da viagem do ex-presidente aos Estados Unidos. Em uma das conversas, Cid sugeria que Bolsonaro deveria “dar a ordem” para que as Forças Armadas entrassem em ação.
A revista lembra que, em uma entrevista anterior, o ex-presidente Bolsonaro chamou o ex-auxiliar, que está preso há mais de um mês devido ao escândalo de fraudes em cartões de vacina, de “um filho”.
O caso está tendo muitos desdobramentos nesta sexta-feira em Brasília, inclusive reunião do presidente Lula com a cúpula do Exército.
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