Jorge Messias intensifica articulação no Senado enquanto rito da indicação segue travado
Brasília (DF) – O advogado-geral da União, Jorge Messias, escolhido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para ocupar uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), passou esta terça-feira (2) em intensa articulação política. Ele precisa convencer senadores a aprovarem seu nome na sabatina da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), marcada para 10 de dezembro.
Messias precisa de 41 votos no plenário para se tornar ministro do STF. Por isso, iniciou uma série de visitas a parlamentares. Pela manhã, esteve com Mecias de Jesus (Republicanos-RR) e, no fim do dia, deve se encontrar com Omar Aziz (PSD-AM), líder do PSD no Senado.
Por que Messias busca apoio
A Constituição determina que ministros do STF só podem assumir após aprovação do Senado. O governo costuma articular antes da sabatina porque um nome rejeitado gera desgaste político para o Planalto.
Messias tenta reduzir resistências, explicar sua trajetória e garantir que terá votos suficientes para passar pela CCJ e pelo plenário.
Rito travado e clima tenso
O processo enfrenta um impasse: a mensagem oficial do presidente Lula, que formaliza a indicação, ainda não chegou ao Senado. Sem esse documento, técnicos da Casa avaliam que não é possível ler o parecer do relator, senador Weverton Rocha (PDT-MA), na semana que vem.
A indefinição pressiona o calendário e cria um ambiente de disputa entre Planalto e Congresso.
A importância de Omar Aziz
O encontro com Omar não significa apoio automático, mas tem peso político. Como líder do PSD — partido presidido no Senado por Rodrigo Pacheco — Aziz ajuda a medir o humor interno da Casa e pode orientar parte da bancada.
O próprio senador adota tom institucional:
“Eu vou ouvi-lo. Tenho boa relação com ele. É normal conversar com o indicado do presidente. Já fiz isso várias vezes”, disse Omar Aziz.
A declaração indica abertura, mas sem compromisso público.
Desgaste paralelo com o PL
A articulação de Messias ganhou tensão extra após um convite para participar do tradicional almoço da bancada do PL. O gesto irritou parlamentares do partido, que criticaram o governo em um grupo interno. A pressão levou ao cancelamento do encontro.
O episódio tornou a busca por votos mais delicada — e faz com que conversas com lideranças como Omar sejam ainda mais estratégicas.
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